O investigador Troy Dangerfield, da polícia de San Francisco, confirmou ao periódico San Francisco Weekly, que seu departamento foi acionado pela Apple para ajudar nas buscas por um dispositivo sigiloso perdido num bar da cidade.

A perda de um iPhone 5 por engenheiros da Apple foi revelada pelo portal americano Cnet há uma semana, mas esta é a primeira vez que uma autoridade local confirma atuar na busca pelo aparelho. A Apple, como de praxe, não comenta o assunto.

Tradicionalmente, o desenvolvimento de novos produtos acontece em ambientes de acesso controlado nos laboratórios da companhia, em Palo Alto. Há cerca de dois anos, no entanto, a Apple modificou sua política de segurança permitindo que engenheiros da empresa saiam às ruas com protótipos de gadgets para testá-los em situações reais do dia a dia, como por exemplo logar-se no Wi-Fi de um bar com conexão fraca.

Foi esta prática que permitiu, por exemplo, que um engenheiro da Apple perdesse um protótipo do iPhone 4 num bar de San Francisco, há quase dois anos. Na época, o caso teve grande repercussão pois o protótipo caiu nas mãos do blog americano Gizmodo, que admitiu ter pago US$ 5 mil pelo aparelho.

O episódio do iPhone 4, no entanto, parece não ter sido suficiente para a Apple. Em julho deste ano, um pesquisador da companhia foi à casa mexicana especializada em tequilas Cava22, em San Francisco, e perdeu uma versão do iPhone 5, produto que só deve ser revelado oficialmente ao mercado entre setembro e outubro.

O caso não ganhou tanta publicidade pois o protótipo não caiu nas mãos de nenhum veículo de mídia nos Estados Unidos. Ao saber da perda, conforme afirma o investigador Dangerfield, a Apple procurou a polícia local para ajudá-la a achar o aparelho.

Sergio Calderón, um cliente do Cava 22, que esteve no bar na noite da perda do iPhone 5, afirmou ao SF Weekly que foi procurado por seis policiais e informalmente interrogado sobre o caso. Calderón afirmou que autorizou os investigadores a fazerem uma revista em sua casa, mas que nada foi encontrado por lá.

O mesmo semanal afirma ainda que a Apple contratou Anthony Colon, um policial aposentado, para conduzir uma investigação privada do caso. No momento, ninguém sabe onde está o iPhone 5 perdido.
A principal suspeita da polícia é que o dispositivo esteja nas mãos de um usuário comum, que não tem ideia de que possui o protótipo de um gadget sobre o qual há grande interesse mundial.