Pesquisadores canadenses anunciaram a descoberta de 11 tipos de penas de dinossauro preservadas em âmbar.

As chamadas proto-penas, estruturas ainda não completas, como as existentes hoje, possuem mais de 80 milhões de anos e datam do final do período Cretáceo.

Elas foram descobertas em material preservado no museu Royal Tyrell e na coleção particular da família Leuck. Os achados dos cientistas da Universidade de Alberta foram publicados na Science e constituem a coleção mais rica e diversa de penas preservadas em âmbar desse período: até mesmo a pigmentação, que varia de marrom a preto, foi preservada.

História

O âmbar é um material viscoso produzido por algumas espécies de plantas; ele ganhou fama ao ser retratado no filme Jurassic Park. Dentro dele, um inseto preservado guardava o sangue de várias espécies de dinossauros – o que permitiu a recriação dos animais extintos no filme.

Na vida real, há milhões de anos, a região do Canadá na qual o material foi encontrado era quente e costeira – ideal para o crescimento de árvores que produzem o âmbar.

Segundo os pesquisadores, grade parte das penas encontradas provavelmente é de dinossauros não-aviários, embora algumas sejam parecidas com a dos pássaros modernos – incluindo aqueles que podem mergulhar. Os chamados “Dinossauros não aviários” são uma maneira dos cientistas se referirem ao que nós chamamos apenas de “dinossauros” de forma mais precisa.

Atualmente, a corrente mais aceita diz que os pássaros evoluíram a partir dos dinossauros – ou seja, todos os pássaros hoje seriam dinossauros. Isso significa que, tecnicamente, esses animais não foram extintos, pois deixaram descentes que continuam vivos. Por isso, cientistas se referem aos animais que foram extintos (e que são diferentes dos existentes hoje), como "dinossauros não-aviários". Já os pássaros, primitivos ou modernos, são “dinossauros aviários”.

Os animais que deixaram as penas em âmbar eram, provavelmente, pequenos terápodes – uma subordem de animais que inclui o Tiranossauro Rex.


Uma das penas, preservada em âmbar (Crédito: University of Alberta)