1 A Adobe se rende: chega de Flash em tablets 12.11.11 10:27
~Slash
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Ah a doce ironia da vida! Depois de tanto fusuê, tanto choro e tantos tablets com a feature “dá suporte ao Flash player”, finalmente a Adobe deu o braço a torcer e reconheceu que a Apple estava certa: nada de Flash para mobile, seja smartphone ou tablet. Chega de perder tempo e processamento com isso. Os esforços moveram-se para HTML5.
Na primeira bolha da internet tínhamos duas opções de site: com tabelas, sérios, quadrados e com gifs animados ou a incrível experiência multimídia que era entrar em um site em flash. Música, animação, falta de acessibilidade para motores de busca e leitores de tela, um tempão para carregar… Essas coisas. Provavelmente você viveu isso.
Até que a Apple lançou o primeiro tablet do mercado e disse: “chega! A web já pode muito bem andar com as próprias pernas. Aprendam HTML5, CSS3, Javascript. Se virem! A maior parte dos vírus, instabilidades e uso demasiado da bateria são culpa do Flash e a gente não vai dar suporte” – não com essas palavras.
Depois de muito chororô e mimimi no maior estilo “a Apple deveria me dar a opção mesmo que use mais bateria”, a web foi mudando. Todo cliente (ou chefe) com iPad pedia sites acessíveis. E todo mundo ganhou com isso: a banda da internet e dos provedores, a acessibilidade para os motores de busca, a evolução dos navegadores e da tecnologia e principalmente o usuário.
Muitos tablets da concorrência aproveitaram o gancho para dizer que o suporte a Flash era algo incrível e indispensável. Bom, poderia até ser. Antes dos iPhones e iPads. Antes dos browsers renderizarem CSS3 e HTML5 direito (olá Internet Explorer 6).
E finalmente a própria Adobe assume que Flash em dispositivos móveis também não é assim a melhor das ideias. Agora, a empresa vai investir seus esforços em aplicações em Adobe Air para as lojas (o que torna tudo mais controlado) e HTML5.
O plugin de Flash para navegadores dos tablets e smartphones não será mais atualizado, com exceção de um bug muito importante ou falha de segurança. Assim, o player não será mais atualizado como o de desktop.
Agora é hora dos restaurantes fazerem sites em que dê para ver pelo menos o endereço no smartphone. Fica a dica: 2011 já chegou.