1 Parentes de morta em Mairiporã, SP 17.01.12 6:49
Sr. Walker
Moderador
Parentes e o porteiro do condomínio onde morava a dona de casa
Geralda Lúcia Guabiraba, de 54 anos, encontrada morta no sábado (14) em
Mairiporã,
na Grande São Paulo, com o rosto desfigurado, sem os olhos e sem a pele
do rosto, serão ouvidos oficialmente pela Polícia Civil nesta
terça-feira (17). A polícia também vai pedir a quebra do sigilo
telefônico e da internet usada no computador da vítima. Os depoimentos
vão acontecer em local não divulgado pela polícia, a pedido da família.
Parentes disseram à polícia, no entanto, que os últimos números que
constam do celular dela são de pessoas conhecidas. Tanto o aparelho
celular quanto o computador utilizada por Geralda serão enviados nesta
terça-feira ao Instituto de Criminalística, em São Paulo, para ser
periciados.
A mulher saiu sozinha de sua casa às 23h30 de sexta-feira (13). A
Polícia Civil já teve acesso às imagens das câmeras de segurança do
edifício onde ela morava, em Mairiporã, na Grande São Paulo. Policiais
responsáveis pelo caso dizem que o crime pode ter relação com um ritual
de magia negra ou com vingança. Inicialmente, a polícia trabalhava
apenas com a hipótese de o assassinato ter sido cometido em um ritual,
já que o corpo foi encontrado com um ferimento profundo no pescoço, em
um local conhecido como Pedra da Macumba, na altura do km 8 da Estrada
de Santa Inês.
“Existe a possibilidade de vingança, mas isso vai depender do
depoimento de familiares e do que eu conseguir no computador”, disse a
delegada Cláudia Patrícia Dalvia, titular da delegacia central de
Mairiporã. Ela se negou a dar mais detalhes para não atrapalhar as
investigações.
Nesta manhã, Cláudia voltou a afirmar que a dona de casa era
“pacata e recatada”. A mulher era casada com José Pereira Guabiraba,
diretor comercial do Grupo Estado.
Até esta manhã, a Polícia Civil não tinha recolhido nenhum
depoimento formal. Familiares e o porteiro do prédio vão ser ouvidos
nesta terça-feira (17), mas em local não divulgado, para evitar o
contato deles com a imprensa.
A Polícia Civil também vai solicitar as imagens de uma câmera da
Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), que está no trajeto entre a
casa da vítima, na Zona Norte de São Paulo, e o local do crime.
Perícia
O carro da vítima já foi periciado.
No interior do veículo foram encontrados um copo de alumínio e uma
garrafa plástica. Nos dois recipientes havia uma substância branca que
será analisada. A polícia, entretanto, acredita que isso tenha sido
usado para sedar a vítima.
Ainda segundo a polícia, ela foi morta do lado de fora do carro. O
corpo foi encontrado após uma denúncia feita pelo telefone 190. Do lado
do corpo estavam três cestas de vime vazias. O corpo tinha um corte
profundo no pescoço. Um pedaço de vidro foi encontrado no local, mas a
polícia ainda não sabe se ele foi usado para ferir Geralda. A vítima
usava um escapulário – objeto religioso usado por católicos.
Segundo os familiares, a vítima não costumava sair de casa no momento em que foi vista deixando o prédio.
O marido de Geralda tomava medicamento para dormir e, por isso, não
viu a mulher sair de casa. Ele deverá prestar depoimento quando tiver
condições, segundo a delegada, já que está muito abalado. O enterro foi
realizado na manhã de domingo.