O futebol está repleto de ditados e clichês. Um deles é: "só faz gol quem chuta". Esta velha máxima pode ser aplicada ao Santos no Campeonato Brasileiro. Apesar de ter o artilheiro da competição, Borges, com 14 gols, o time da Vila Belmiro vem apresentando um péssimo desempenho ofensivo até aqui.

Após 19 partidas disputadas, a equipe marcou apenas 26 gols. Média de 1,37 por jogo. É o quinto pior ataque do campeonato. Para se ter uma ideia, no ano passado, o Peixe terminou o Brasileirão como terceiro time que mais fez gols (63).

Uma explicação para essa queda de desempenho pode ser explicada pelo baixo número de finalizações do time, a menor dentre os 20 clubes da Série A: 217. Isso significa que o Santos chuta pouco mais de 11 vezes a gol por partida.

O time também é lanterna nos cabeceios: 21. Número que chama atenção se considerarmos que Muricy Ramalho dedica boa parte do tempo em seus treinamentos às jogadas de bola parada e aos cruzamentos na área.

Só que nem tudo deve ser visto de forma negativa. Se considerarmos as últimas cinco rodadas, veremos que o Santos aumentou o número de finalizações. Foram 76 chutes, que representam uma média de 15,2. E o resultado foi: balançou as redes adversárias dez vezes (ou 38% dos gols marcados em todo o campeonato).

Comparando os números dos 14 primeiros jogos e dos últimos cinco, tudo leva a crer que os comandados de Muricy finalmente estão corrigindo um sério problema da forma mais fácil: chutando mais a gol.