1 Hackers criam app que promove trending topic 10.09.11 12:10
EduardoWenes ツ
Fundador
O grupo hacker Anonymous lançou um aplicativo para Twitter que ajuda usuários a sequestrarem Trending Topics para espalhar mensagens na rede.
Chamado URGE - Universal Rapid Gamma Emitter, ele é uma ferramenta que faz com que tópicos ganhem destaque a partir na popularidade de outros.
A interface permite que usuários marquem seus tuítes com #OpOperation, uma hashtag padrão, além de adicionar outra de algum tópico que esteja na lista dos mais populares.
Em comunicado, o grupo Anonymous disse estar cansado de ver trending topics “que são redundantes e da “cultura pop””. O grupo também reclama do fato do Twitter não colocar na lista as hashtags que “servem a uma causa ou significam algo aos pensadores livres do mundo”.
Para o grupo, a ferramenta URGE “ajudará a chamar a atenção dos problemas no mundo”. Como o próprio grupo ressalta, não se trata de uma ferramenta hacker, ou a chamada “exploit tool”, pois ela somente facilita a postagem de conteúdo sem a necessidade de copiar e colar sempre as mesmas tags. O link para download foi disponibilizado na página do comunicado.
Como funciona
Os Trending Topics do Twitter são a lista, constantemente atualizada, que revela os assuntos mais comentados da rede. Para facilitar a localização de um tópico, usuários colocam o símbolo # (hashtag) na frente das palavras desejadas.
Atualmente, muitas pessoas pegam carona nesses tópicos populares para divulgarem outras coisas. São os chamados “spammers” do Twitter: o usuário clica em tópico e se depara com a hashtag dele em uma postagem vendendo algum produto, por exemplo.
O que o URGE, do Anonymous, faz, é apenas automatizar esse processo. A ferramenta não habilita nenhuma função proibida, apenas facilita automatizando o processo de “copia e cola”.
O grupo hacker Anonymous começou a ganhar notoriedade em 2008, quando promoveu campanhas contra a Cientologia, seita conservadora que prega, entre outros assuntos, um controle das informações divulgadas na internet. Mas foi no final de 2010 que ganhou as manchetes do mundo ao promover ataques DDoS contra empresas e governos desfavoráveis ao Wikileaks. MasterCard, Visa, PayPal e eBay foram algumas das grandes corporações vítimas da campanha em favor da liberdade de informações.