De acordo com o Relatório de Crimes Cibernéticos da Norton de 2011, mais de um 1 milhão de pessoas são vitimas diárias de crimes virtuais em todo o mundo, sendo a cada dia 77 mil de usuários brasileiros. Ao todo, 80% de usuários adultos já foram vítimas. Além disso, pela primeira vez, o estudo da Norton calculou o custo do crime cibernético anual no país, que alcança o valor de R$ 104,8 bilhões. Os dados foram divulgados pela Norton nesta terça-feira, em São Paulo.


O prejuízo global é de U$$ 388 bi, enquanto somente no Brasil esse valor chega a U$$ 63,3 bi, equivalente a R$ 104,8 bi. Ao fazer a comparação dos prejuízos financeiros e tempo perdido, os custos dos crimes cibernéticos no mundo são maiores aos do tráfico de drogas, cujo custo anual chega a U$$ 288 bi.

Adam Palmer, consultor líder de cibersegurança da Norton, alertou que o alto índice de crimes virtuais está relacionado a utilização de antivírus mal atualizados pelos brasileiros. “É chocante que 69% das pessoas não mantenham seus software de segurança atualizados”.


Quanto a possíveis medidas para diminuir esse índice, Palmer destacou que esse número pode melhorar com a segurança e conscientização, pois as pessoas tem medo do crime cibernético. “Nós estamos tentando aumentar a cooperação global e treinar a polícia; é importante ter as pessoas trabalhando em conjunto, e não só um esforço dos americanos”.


Foram entrevistadas pela Norton durante o estudo 19 mil pessoas em 24 países. Palmer disse que “não é nossa intenção exagerar os números”. Ele completou ao dizer que o número é baseado em quando a pessoa reporta que sofreu o dano. Porém, eles não perguntam o que realmente aconteceu, apenas se ela se considera vítima ou não, sem levar em conta a legislação dos países estudados. De qualquer forma, Palmer alerta que “não há dúvidas de que o crime cibernético é real, assim como os desafios para a polícia”.